O Capitalismo Moderno surge com a queda do feudalismo e a ascensão dos burgos. Deveria ter sido diferente. Mais divisão das sobras, mais moderação entre o trabalho e o trabalhador. Por que não vivermos numa única classe, onde os direitos e deveres fossem de fato iguais?
"A história de toda sociedade até nossos dias é a história da luta de classes", disse Karl Marx.
Considerado por alguns como maldito profeta, Marx era judeu e, devido aos problemas relacionados ao judaismo na época, terminou por ter tido uma formação religiosa reformada, apesar de que, tornou-se uma ateu inveterado. O que foi uma grande sobrada na "curva".
A parte o ele ter se tornado céptico do divino, foi um dos maiores intelectuais que a história conheceu, e o mais ardoroso propagador da infamia causada pelo capitalismo na vida dos seres humanos, especialmente no que concerne a luta de classes.
Marx se foi e o capitalismo continua bem mais sofisticado do que nos dias contemporaneos do "maldito profeta".
Freire (2010, p. 74), antes de partir dessa pra outra, afirma ter visitado uma favela em que famílias tiravam no aterro de um lixo público, o que comer e o que vestir para sobrevivência, e que certo dia, uma dessas famílias coletou do lixo hospitalar pedaços de seios amputados e preparou com isso seu almoço de domingo.
Até onde chegamos com o capitalismo nú e crú, onde uns tem muito e outros não tem nada. Onde uns vivem graciosamente das desgraças dos outros, como se o mundo se limitasse aqui e como se a vida humana fosse ilimitada.
Como é terrível ver um Estado cooptador das classes, onde tenta fantasiar, marcarar as dictomias do capitalismo, onde uns vivem vantajosamente das desvantagens de outrem. Um Estado em que ilusoriamente coloca lentes nos óculos dos oprimidos, para que vislumbrem apenas o que se queiram que vejam, como é triste perceber que o mundo está desenfreadamente seguindo para um caminho que, como disse Seixas, não tem pra onde ir.
Como é tão "profano" saber que o capitalismo entrou no "sagrado", onde pessoas se dizem portadoras das verdades de Deus e de forma enganosa querem viver às custas dos crédulos, usando do bom e do melhor, tosqueando até ao sangue as ovelhas, e sugando as gorduras. Vivendo em deleites e prazeres, como se o Divino estivesse de forma deísta sem se importar com os resultados, os efeitos desses hecatombes provocados no sagrado.
O capitalismo infectou até o íntimo do ser humano, de maneira tal que o consumismo adentrou aos recônditos do seu ser, de modo que, se vive bem, só se tem a benção de Deus, se estiver no auge do consumismo.
Há uma inversão de valores toda especial relacionada ao Evangelho: O Salvador nos ensinou que pra ser grande era preciso se considerar o menor. O servo é o maior e não quem é servido. Mas verificamos a dinâmica do capitalismo, como traça, corroer os valores, de maneira tal que a Idade Média parece-nos voltar à tona, e quem está em cima, deve ser servido por quem está em baixo, aliás, ninguém quer ser remador de baixo, todos querem viver na popa da embarcação e que no mais, salvem-se quem puder.
O capitalismo desenfreadamente muda conceitos, muda preceitos, muda valores... Mas Jesus continua o mesmo e espera que seus súditos vivam como Ele viveu.
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MARX, Karl & ENGELS, Friedrich. (2001)Manifesto do Partido Comunista 1848. Porto Alegre: L&PM POCKET
FREIRE, Paulo. (1996) Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra.
Freire (2010, p. 74), antes de partir dessa pra outra, afirma ter visitado uma favela em que famílias tiravam no aterro de um lixo público, o que comer e o que vestir para sobrevivência, e que certo dia, uma dessas famílias coletou do lixo hospitalar pedaços de seios amputados e preparou com isso seu almoço de domingo.
Até onde chegamos com o capitalismo nú e crú, onde uns tem muito e outros não tem nada. Onde uns vivem graciosamente das desgraças dos outros, como se o mundo se limitasse aqui e como se a vida humana fosse ilimitada.
Como é terrível ver um Estado cooptador das classes, onde tenta fantasiar, marcarar as dictomias do capitalismo, onde uns vivem vantajosamente das desvantagens de outrem. Um Estado em que ilusoriamente coloca lentes nos óculos dos oprimidos, para que vislumbrem apenas o que se queiram que vejam, como é triste perceber que o mundo está desenfreadamente seguindo para um caminho que, como disse Seixas, não tem pra onde ir.
Como é tão "profano" saber que o capitalismo entrou no "sagrado", onde pessoas se dizem portadoras das verdades de Deus e de forma enganosa querem viver às custas dos crédulos, usando do bom e do melhor, tosqueando até ao sangue as ovelhas, e sugando as gorduras. Vivendo em deleites e prazeres, como se o Divino estivesse de forma deísta sem se importar com os resultados, os efeitos desses hecatombes provocados no sagrado.
O capitalismo infectou até o íntimo do ser humano, de maneira tal que o consumismo adentrou aos recônditos do seu ser, de modo que, se vive bem, só se tem a benção de Deus, se estiver no auge do consumismo.
Há uma inversão de valores toda especial relacionada ao Evangelho: O Salvador nos ensinou que pra ser grande era preciso se considerar o menor. O servo é o maior e não quem é servido. Mas verificamos a dinâmica do capitalismo, como traça, corroer os valores, de maneira tal que a Idade Média parece-nos voltar à tona, e quem está em cima, deve ser servido por quem está em baixo, aliás, ninguém quer ser remador de baixo, todos querem viver na popa da embarcação e que no mais, salvem-se quem puder.
O capitalismo desenfreadamente muda conceitos, muda preceitos, muda valores... Mas Jesus continua o mesmo e espera que seus súditos vivam como Ele viveu.
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MARX, Karl & ENGELS, Friedrich. (2001)Manifesto do Partido Comunista 1848. Porto Alegre: L&PM POCKET
FREIRE, Paulo. (1996) Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra.
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