terça-feira, 21 de julho de 2020

Gerando Efraim

Há algo a seber sobre José? Estudos de Quarta

José saiu aos 17 (dezessete) anos de idade da Terra de Canaã. Na realidade, não saiu, foi vendido pelos seus irmãos aos midianitas que seguiam viagem para o Egito.
Ele era o filho mais velho de Raquel, a mulher amada de Jacó, o seu pai. Jacó o amava tanto, que aos seus irmãos isso era notório e eles invejavam a José por isso. Jacó fez para José uma túnica de várias cores, o que o destacava ainda mais o seu amor por José dentre seus irmãos.
O mesmo tivera alguns sonhos, o primeiro sonho dizia respeito aos molhos ou feixes (de trigos, muito certamente), o dele e de seus irmãos, mas o dele se levantava e os de seus irmãos se reclinavam diante do seu feixe. Eles, seus irmãos logo interpretaram o sonho, dizendo: Reinarás sobre nós?... Dominarás sobre nós?, e por isso ainda mais o odiaram.
No entanto, José teve outro sonho, e esse dizia respeito a Sol, Lua, e onze estrelas que se inclinavam sobre sobre ele. O pai logo interpretou e disse: Eu e tua mãe e teus irmãos iremos nos inclinar diante de ti? Os irmãos ainda mais o invejavam, mas o seu pai guardou em secreto esse segredo.
Foi quando ele tinha dezessete anos que seu pai o enviou aos seus irmãos que estavam pastoreando as ovelhas, que ele foi enviado para levar mantimento para eles, mas ao vê-los, logo começaram a zombar e dizer: Lá vem o grande sonhador. Vamos matá-lo e veremos o que acontecerá com seus sonhos. O mais velho se opôs, mas dando uma leva saída de perto dos demais, estes projetaram a vender a José para os mercadores midianitas como escravo.
José foi vendido e depois revendido a Potifar, capitão da guarda de Faraó.
Na casa de Potifar, José trabalhou e o capitão percebeu que estava sendo abençoado por causa de José e o pôs sobre cabeça de sua casa, mas a mulher de Potifar desejou a José, insistiu por um adultério, mas José temeu a Deus e não quis. Ela por sua vez, num momento em que estava apenas eles (a mulher e José), ela o pegou pela roupa para força-lo a adulterar. Mas ele fugiu. Por isso, ela o caluniou dizendo que ele queria forçá-la, e ele termina na prisão real.
Lá, ganha a confiança do carcereiro. E com algum tempo o copeiro-mor do Faraó e o seu padeiro terminaram na prisão e lá tiveram um sonho, o qual José interpretou a ambos. Pediu ao copeiro para que se lembrasse dele, mas o copeiro restituído ao seu cargo, não lembrou de José.
Dois anos se passaram, até que o Faraó tem uns sonhos estranhos. Sete vacas gordas e formosas e sete vacas feias e magras, e estas últimas engoliam as formosas e gordas, mesmo assim sua aparência continuava feia e magra. Também teve um sonho na mesma noite de sete espigas cheias e belas e e sete miúdas e queimadas do vento oriental. Ninguém fora capaz de interpretar o sonho. Daí o copeiro-mor ouvindo, lembrou-se do ocorrido na prisão e da interpretação que deu o hebreu José.
Faraó manda chamá-lo e José se apresenta dizendo que não está nele mesmo a capacidade de interpretar o sonho, mas no Deus em que ele cria.
Depois da interpretação, o Faraó o constitui como governador de toda a terra do Egito e deu-lhe uma esposa. Sua esposa deu-lhe dois filhos, um chamou José de Manassés, porque disse que Deus o fez esquecer de todo o sofrimento e ao segundo chamou de Efraim, porque disse: Deus me fez crescer na terra da minha aflição.
Quando o sonho de Faraó se cumpriu com sete anos de fartura e os seguintes sendo de fome, houve escassez no Egito e na circunvizinhança. E Jacó pede para seus filhos irem ao Egito comprar sustento. E ao chegando, eles se prostram diante de José. Era o seu sonho se cumprindo. Depois vieram noutro oportunidade ao mais jovem, Benjamim e depois seu pai Jacó com tudo o que possuía em Canaã vieram para o Egito, para a terra de Gosén para ser sustentados por José. Cumprindo-se assim o segundo sonho.
Mas antes de tudo isso veio o desprezo dos irmãos, a inveja, o ódio, o deseje de vê-lo morto e também o ser vendido pelos próprios irmãos. É um dor indizível, ser odiado e vendido por quem você ama. Depois caluniado, jogado na prisão, sem ter culpa alguma e, mesmo tendo interpretado o sonho, foi esquecido pelo copeiro-mor.
Da sua saída de Canaã para o encontro com Faraó passou-se 13 (treze) anos. Sim, longos anos de distância dos pais, dos irmãos, da sua terra. Um verdadeiro peregrino.
Até que por fim, Deus chega com Seu Projeto que não falha na vida de José.
Há sempre um tempo determinado de Deus. E quando o tempo chega ELE faz cumprir tudo o que de antemão preordenou.
Ele faz gerar Manassés (o esquecimento) e faz também gerar a Efraim (que quer dizer: Dupla fertilidade).
Ah! Todo o caminho de José fazia parte de um projeto de Deus. Mesmo o desprezo, mesmo a inveja, o ódio, a calúnia, o esquecimento. Deus queria fazer com que José gerasse a Prosperidade, Deus queria fazer José crescer na terra de sua aflição.
Pode ser que hoje esteja tudo nebuloso, mas amanhã virá Efraim.
Pode ser que hoje seja desprezo, inveja, ódio, calúnia, esquecimento... isso pode ter um efeito amargo, triste, mas a geração de Efraim vai compensar tudo.
Vale a pena!
Só mais um pouquinho de cálice amargo, depois Efraim, dupla fertilidade.



Misael Gomes



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Imagem do Google
Cf Gênesis 37, 39-50.

domingo, 12 de julho de 2020

Advogamos para Deus ou para o diabo?

O advogado do diabo”: filme para pensar | Andre Mansur

The Devil's Advocate ou simplesmente "O Advogado do Diabo". É um filme que foi do final da década de 1990 (1997 para ser exato). Nesse enredo interessante, teremos grandes atores e atrizes fazendo papeis interessantes, principalmente o Keanu Reeves como Kevin Lomax (o advogado) e o Al Pacino como John Milton, o dono do maior escritório de Advocacia de New York - USA.. 
A princípio temos o Kevin (advogado) de uma pequena cidade da Flórida - EUA, em que ele não perde nenhum caso, e foi contratado pelo John (dono do Escritório em New york). Grande salário, mordomias e tudo o mais que um advogado deseja: fama, dinheiro, poder, destaque. E ele continua ganhando todas as causas, fato é que o John Milton termina por revelar-se como o diabo e o responsável pelo sucesso do advogado. Era a manipulação do diabo que o fazia prosperar.
Claro que o filme é baseado num romance de  Andrew Neiderman, que curiosamente tem o mesmo título do filme.
À parte as questões pertinentes do romance, precisamos, nós, não como "advogados", mas como pessoas normais, pensarmos e refletirmos bem sobre nossas ações, nossas defesas, nossas acusações...
Num mundo pérfido em que estamos vivendo, se acreditamos no bem e no mal, precisamos nos decidirmos de que lado estamos.
Ouvir uma "mentirinha" e aprová-la, defendê-la, não nos coloca num estado de advogado da mentira? E se a mentira é filha do diabo (Jo 8.44) a quem estamos defendendo?
Mentir deliberadamente, num capricho maestral para satisfazer nossas ambições, nossos desejos, não seria está ao lado do diabo?
Ter uma olhar pernicioso no bem do próximo, desejar peçonhosamente a mulher do próximo, querer a mulher do próximo, de que lado nos colocaria?
Fazer juízos de valores em relação ao que está no delito e pecado, e acusá-lo, empurrando para o abismo, nos colocaria do lado do bem ou do mal?
Para quem estamos "advogando"?
Utilizar o outro como escada para subir e cuspir de cima, como se o outro fosse descartável, nos deixa de que lado?
A promiscuidade internalizada dentro de nós entre o bem e o mal, nos coloca de que lado?
Ora damos glória à Deus, e ora, com nossas atitudes de engano damos glória ao senhor do engano? Nos coloca "advogando" para quem?
Vamos permanecer defendendo a Deus e a Mamom?
Estaremos o tempo todo em cima do muro, achando mesmo que o Senhor do Universo envelheceu e está com a barba branca arrastando no chão, com catarata nos olhos sem verificar o profundo do nosso coração?
Os verdadeiros servos de Deus seguem o Amor, a Justiça, a Verdade, a Paz, a Alegria, a Harmonia, o Perdão, Propagando sempre a Salvação.
Verifique! Estamos na "cidade de Deus" ou vivendo "Sodoma e Gomorra"?
Somos de Sião ou da Babilônia?
Para quem estamos "advogando"? For the Devil? Or for God?
Não importa abrirmos nossa boca e dizermos que somos de Deus se o nosso coração está enegrecido pelas trevas do "abismo". E as trevas do abismo são tão densas, mas traiçoeiras que podem nos fazer pensar que estamos em plena luz.
Precisamos "advogar" para o manco, o ferido, o faminto, o moribundo, o desgraçado e miserável que precisa de perdão, mas não permitir que a miséria, que a desgraça tome conta da nossa alma e nos conduza na defesa do erro, da mentira, e do diabo.
Portanto, se estamos prosperando, estamos por Deus ou pelo diabo? Se estamos ganhando todas, é a Mão de Deus ou a manobra do diabo? Precisamos nos decidirmos, qualquer escolha terá a recompensa. Se "advogarmos" para as causas e pelas causas de Deus, seremos retribuídos com a Vida Eterna. Se "advogarmos" para o diabo, para as causas e pelas causas do diabo, estaremos em suas mãos, perdidos no espaço e caminhando a passos largos para o inferno.



Misael Gomes






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Imagem do Google do filme The Devil's Advocate

domingo, 5 de julho de 2020

Revisão

Alimentando a visão de sua igreja - Igreja de Deus | Ainda há lugar
Revisão é uma palavra de origem do Latim, formada pelas palavras 'revisio' significando o ato de olhar de novo. RE - 'outra vez', VIDERE, 'ver'.
É preciso um treino no olhar,
Sem pressas,
Olhar sempre mais uma vez.
É preciso ver com calma,
Uma,
Duas,
Três.
Quantas vezes forem necessárias "outra vez" para se identificar detalhes.
Por vezes a felicidade está à frente de nossos olhos,
Mas a vemos corriqueiramente,
Deixamos passar,
E nas misturas de olhares,
Não nos importamos de olhar mais uma vez.
Está diante de nossos olhos as decisões certas,
Mas nos precipitamos e agimos,
Agimos sem rever,
Agimos sem revisão.
Podemos ver o beija-flor,
Ele está numa velocidade imensa buscando o néctar para a sua energia vital,
Numa rápida visão poderemos vê-lo numa flor,
Mas, se ousarmos revisar o que estamos presenciando,
Poderemos ver a beleza de sua plumagem,
Suas asas com rapidez batendo,
E seu bico coletando o néctar.
Só é preciso revisão,
À nossa frente está a beleza da plumagem,
A rapidez,
E a coleta...
Somos apressados demais no olhar.
É preciso calma,
Não custa nada rever, olhar outra vez.
Verifique as estrelas,
Elas olham para nós durante toda a noite,
Mas queremos alcançar o universo com apenas um olhar,
Se começarmos a rever,
Veremos estrelas que brilham com brilho mais forte,
Algumas estão sorrindo na nossa direção.
Se quisermos poderemos abraçá-las,
Só depende da revisão,
Uma delas pode ser a nossa estrela.
Ah! Precisamos da revisão.
Quando caminhamos em largos passos e estamos distantes,
Até parece que nos perdemos no caminho,
Mas não, só precisamos rever a paisagem,
Rever a estrada,
Poderemos até não querer voltar,
Mas jamais cometeremos as mesmas falhas do caminho,
Seguiremos cuidadosos,
Revendo,
Revivendo,
Numa constante revisão é possível ser feliz.
Se olharmos para o céu,
Apenas o azul,
As nuvens,
Mas se revisarmos a vista,
Haverá os olhos do Divino,
E Suas Mãos estendidas,
Cada vez que olharmos outra vez.




Misael Gomes




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Imagem do Google























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