Às vezes queria dizer coisas,
Falar palavras,
Interpretar os dizeres,
Externar vocábulos que estão no recôndito.
Às vezes um verso,
Uma poesia, poema...
Transferir as epopéias que me passam na mente,
Um soneto,
Uma canção,
Uma voz,
Uma palavra.
Às vezes uma perfuração,
Um aperto no coração,
Uma lágrima,
Um rosto com sentimentos vazios.
Às vezes as flores,
O vento,
As aves,
O cheiro do mar.
Às vezes as nuvens,
A luz do dia,
O clarão esplendoroso do sol,
O canto dos pássaros,
Emolduram horizontes.
Às vezes o escuro misterioso da noite,
O silêncio,
As estrelas,
Os “ruídos estranhos”,
E o grito da alma.
Às vezes sem explicações,
O finito se finda,
O Infinito fica distante,
Emoções,
Solidão,
Palavras que não saem.
Às vezes é o teste,
A prova,
O Arquiteto do Universo construindo seus fundamentos,
Os alicerces,
As paredes,
Tudo aquilo que Ele já previu antes que o inicio acontecesse.
Às vezes o Oleiro,
Amassando o barro,
Tirando as impurezas,
Passando no torno,
No forno,
No fogo.
Às vezes é apenas parte do último cálice.
Depois a alegria,
Poesia...
Poemas...
Epopéias construídas pelo Dono da História.
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