Observar a paisagem...
O infinito do Universo...
Tentar olhar para o fim das águas quando no mar...
Ver os ventos balançarem as árvores...
Tentar esquecer passados...
Lembrá-los de vez em quando às vezes faz bem...
Esquecer as dores,
Horrores,
Pesadelos...
Músicas,
Cantores,
Canções...
Lembrar sorrisos,
Lágrimas,
Olhares distanciando-se,
Como oceanos que se separam...
Águas frias, gélidas,
Por vezes quentes, ferventes...
Chuvas de ontem,
Lembranças no hoje...
Um verdadeiro devaneio do tempo...
São reticências...
Melancolia de um coração poético,
Frenético...
Querendo costurar rasgões in-costuráveis...
É uma penetração no museu do ser.
São portas fechadas que abrimos,
Cadeados que soltamos,
Como uma “pluma” voamos...
Num vai-e-vem das curvas...
Apenas nostalgia...
Um cheiro incrível de ruralismo,
Numa mescla de urbanidade,
Inocência,
Infantilidade....
Maturidade para o agora...
Embasamento para o amanhã...
São plantações que ainda vão germinar...
Sementes depositadas com a fé...
Certeza que o calor do verão se vai...
Que a penúria do outono também...
Que os trovões e relâmpagos que riscam os céus,
Farão brotar os germes que foram plantados com suor,
Com calor,
Com labor,
Com certezas...
Vou olhar o além...
Andar em frente,
Apenas mirar pelo retrovisor do tempo,
E ver que tudo valeu à pena.
Que as dores fazem parte do crescimento,
Que as cicatrizes são feridas saradas,
E que é possível vencer,
Mesmo quando a noite é duradoura,
Mesmo que as nuvens prometam invernar,
Em fé,
A primavera chegará.
Os cantos dos pássaros,
As cores embelezando a natureza,
O cheiro mavioso das flores,
Das águas dos rios...
E o infinito azul do céu...
Espera minh’alma em Deus,
A primavera está chegando.
________________
Imagem do Google
Imagem do Google