Segundo o Aurélio: “[Do
lat. invidia.] S. f. 1. Desgosto ou pesar pelo bem ou pela felicidade de
outrem. 2. Desejo violento de possuir o bem alheio.”
Salomão declara que a “...INVEJA
é a Podridão dos ossos...” Pv 14.30b.
Foi por causa da Inveja
que Caim executou o seu irmão Abel.
A Inveja é um sentimento
mesquinho, de tristeza, angústia, raiva, desejo de ter o que o outro têm, ou
não. Ser o que o outro é.
O Invejo é capaz de matar.
De desejar tão intensamente o que é do outro, a ponto de matar sonhos, destruir
famílias, criar intrigas, calúnias.
É um
transtorno de personalidade gravíssimo, e que, tenta-se esconder no mais secreto
do ser, no entanto, as ações, as palavras, os mínimos detalhes vão desenhando o
quadro de quem possui esse pesar pelo o que é do outro.
É a falta
de capacidade de ser... de reconhecer a si mesmo... é dos mais infames e
tristes sentimentos.
Não surgiu
em Caim. Na realidade surgiu antes do tempo humano, no coração do “querubim
ungido”, sim, nasce no coração de Lúcifer. Como não
bastasse pra ele o ser quem era e o ter o que tinha, desejou ser semelhante ao
Altíssimo. Agiu numa rebeldia tal, que conseguiu a terça parte do Céu para
segui-lo.
A
síndrome de Lúcifer continua atuando nos seres humanos. Invejosos desejam o que
o outro tem. Os bens, a mulher, a família, a atenção, o jeito de ser... enfim,
tudo o que é do outro o invejoso anseia.
Na
Torah, O Deus Eterno já advertirá que era taxativamente proibido desejar o que
fosse do outro: “Não
cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o
seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma
que pertença ao teu próximo.” (Ex 20.17).
Mas o invejoso não
consegue se segurar. Ele simplesmente olha o que é do outro. Não importa em
difamar. Não importa em destruir. Não importa em matar.
Deus disse a Caim: “...Por que andas irado, e por que
descaiu o teu semblante? Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se,
todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra
ti, mas a ti cumpre dominá-lo.” (Gn 4.6,7).
Mesmo tendo o Altíssimo advertido, o desequilíbrio de
Caim não conseguiu poupar a vida do seu irmão Abel.
O invejoso coloca os olhos no que é do outro. Pode ter o
que tiver, mas deseja o alheio.
Acabe desejou a vinha de Nabote, e por isso, descai-lhe o
semblante, a ponto de sua esposa Jezabel indagar-lhe o que havia deixado
triste. Ora, Acabe era o rei de Israel, mas desejou a vinha de seu servo. Acabe
tinha o reino, terras, vinhas... Mas desejou a vinha de Nabote. Por isso
Jezabel manda executar a Nabote. Sem querer saber das conseqüências, sem pensar
na tristeza que deixaria na sua família. Simplesmente executa a Nabote.
Acabe ficou indignado, não se alimentou, apenas irado e
triste, com o desejo infame de Lúcifer em querer o que é do outro.
Nabote não quis dar e nem vender a herança que veio de
seus pais. Os homens de bem são simples. Não desejam nada além mais daquilo que
Deus determinou para eles, mas o invejoso pode ter o reino em suas mãos, deseja
o que é do outro.
Sob pretextos malignos, projeto infamatório e mentiroso,
envia cartas em nome de Acabe, sua esposa, e executam a Nabote.
Assim como acontece a todos os invejosos, aconteceu
também com Acabe e sua mulher. Os cães lamberam o sangue de Acabe e comeram as
carnes de Jezabel na vinha que foi de Nabote.
O invejo não consegue se “pôr de pé...” Ele fica ferido,
desgostoso, triste, infeliz com a alegria do outro. E se alegra com a tristeza,
com a infelicidade daquele que invejou.
“A Inveja...” disse o mais sábio dos reis de Israel, “...é
a podridão dos ossos...”. A inveja é o câncer dos ossos.
Por causa da Inveja homens traem outros. Tomam seus
reinos. Tomam suas casas. Tiram vidas.
Tido como um dos pecados capitais, a inveja têm
assassinado pessoas do bem, destruído ministérios, famílias... Mas assim como
Lúcifer, nenhum invejoso permanece, seu fim é dos piores. E o Deus da Justiça
se encarrega de fazer com que o invejoso colha exatamente o que plantou.
Portanto, se somos de Cristo, se o Espírito Santo habita
em nós, esse sentimento de Satanás não pode habitar no nosso coração. Se o
Espírito de Cristo habita em nós, nos alegraremos com a alegria dos nossos
irmãos, seremos utilizados por Deus para abençoar suas vidas, famílias,
ministérios... Se temos o Espírito de Jesus, nosso desejo maior é o Céu.
_________________
Imagem do Google