sexta-feira, 15 de julho de 2016

Os dias da Infância e a duração da vida



Ah! Os dias da infância se foram...
Tudo é tão sério agora...
Nos dias infantes,
Dormi tarde,
Acordei tarde,
Pensei em tudo,
E não pensei em nada...
Pulei no colo da minha mãe,
No do meu pai,
Da minha avó...
Sorri demais,
Gargalhei...
Também chorei...
Quis crescer,
E o tempo me fez crescer...
Não muito,
Mas o suficiente para saber que os dias da infância se foram.
Ah! Já brinquei de esconde-esconde,
Já me escondi,
Já encontrei,
Me encontrei,
Desencontrei...
Já me perdi,
Já me acharam,
E me achei.
Já pulei corda,
Já tropecei,
Já cai,
Me levantaram,
E me levantei.
Já pulei o muro do proibido para colher frutos,
Já corri com medo do vigia,
Tropecei e cai...
Subi em mangueira,
Goiabeira,
Abacateiro,
Laranjeira?
Carambola,
Oliveira...
Tantas fruteiras...
Uma aventura no infante da vida...
Já tive sentimentos platônicos,
Já sonhei acordado,
E ainda sonho...
Brinquei na chuva,
Me molhei,
Corri como um pássaro de tanta leveza...
Viajei,
Fiquei,
Fui,
Voltei...
Já peguei borboletas,
Já as vi no casulo,
Observei a metamorfose...
Já vi a beleza das flores,
Senti seu cheiro,
Já as vi abrir...
Já vi animais nascer...
Já senti medo de estar sozinho,
O escuro já me assombrou...
Já fui pra cama dos meus pais,
Dormi em segurança...
Estava ladeado pelos meus protetores...
Já passei noites sem dormir,
Por vezes vi o dia nascer,
O cantar dos pássaros...
O mistério da noite se ir,
E o brilho luminoso do dia chegar...
Aprendi a ler,
Já li,
Escrevi,
E escrevo.
Achava os anos passarem tão lentos...
Vi estrelas mudando de lugar,
Elas se mudam?
Vi constelações...
Já fui aos rios,
Açudes,
Poços,
Piscinas,
Mar...
Já mergulhei...
Já fui ao fundo,
Já afundei...
Já sorri com anedotas,
Já fiz rir,
Já me fizeram chorar,
Também fiz chorar...
Já vi nascer...
Também vi morrer...
Não há nada engraçado na morte,
Já a senti,
Já morri,
Já vivi...
E estou vivo,
E viverei...
Sinto que os dias da infância se foram...
E que a vida adulta não é nada fácil...
Há milhares de coisas que fiz...
E sinto que ainda não fiz nada...
Sei que muitos dias virão,
E terei a lembrança da criança,
A cautela do adulto,
A experiência do sorriso e das lágrimas...
Sei que a duração da nossa vida é de setenta anos,
E se alguns pela sua robustez chegam a oitenta,
O melhor deles é canseira e enfado (Sl 90.10)...
Passa tão rápido que vai voando...
No entanto,
Tudo aquilo que Deus preparou para cada um de nós,
Vai acontecer exatamente como Ele planejou...
E tudo o que já passou,
De ruim ou de bom,
Apenas e tão somente,
Serve para a nossa vivência com Deus e para Deus,
E para tudo o que Ele já projetou para cada um de nós.










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domingo, 6 de março de 2016

Refletindo a vida humana



Alguém já disse que todo homem (ser humano), para ser completo, ao passar por essa vida, deve "plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro".
Tenho um filho.
Mas,
Plantei duas árvores e depois arranquei,
Escrevi um livro e não publiquei.
E ainda outro,
Mas sem intenções de publicar.
Penso que a completude de um ser humano ao passar por essa vida,
Vai muito além do que ter um filho (os),
Plantar um (as) árvore (s),
E escrever um (uns) livro (s).
A completude de ser,
Vem a partir do conhecer,
Conhecer a si mesmo,
Conhecer de onde veio,
Porque está aqui, 
Quem nos trouxe (para além dos nossos genitores),
E para onde iremos.
Qualquer pessoa pode fazer um filho (ainda que eu saiba que nem todos),
Qualquer um pode escrever um livro (mesmo sabendo que nem todos),
Todos podem plantar uma árvore.
Mas conhecer-se a si mesmo é um paradoxo.
Saber de onde veio,
Porque está aqui,
Quem nos trouxe,
E para onde iremos,
É um dilema mesmo dos maiores filósofos.
O mundo físico,
É limitado demais para explicar o metafísico.
O terrenal não alcança o eternal.
O filósofo francês, Descartes, disse: "...penso, logo existo...".
Nos pensamentos do filósofo, ele declarou: "Cogito, ergo sum" ("penso, logo sou"), e, "Dubito, ergo cogito, ergo sum" ("Eu duvido, logo penso, logo existo").
Mas afinal,
Quem era ele?
Por quê dúvidas?
E a dúvida que o fazia pensar,
Era a razão do seu existir?
Mas,
O que é o existir?
Não há dúvidas de que a dúvida do filósofo não fechou o raciocínio da razão do existir.
Afinal,
Por quê existir?
Para quê existir?
O simples fato de pensar não responde aos questionamentos divagantes da mente:
Que sou eu?
Por quê estou aqui?
De onde vim?
Para onde vou?
O fato de fazer um filho,
Plantar uma árvore,
Escrever um livro,
Não resume ou completa a passagem do ser humano na vida física.
Algo além mais deve fazer parte...
Mesmo os maiores sábios,
Sabem que não sabem (Sócrates).
No entanto,
Conhecer ao Divino,
Ter com Ele um relacionamento pessoal,
Não apenas "um fazer de conta",
Mas um falar e ouvir,
Um ouvir e um falar,
Numa amizade entre a Divindade,
E a humanidade do ser.
Sintetiza os questionamentos,
Realiza a âmago da alma.
Responde do "por quê" que estamos aqui,
E para onde iremos.
O que somos...
Sei que livros virão (certamente),
Sei que árvores serão plantadas (certamente),
A geração de filhos espirituais está mui prestes a parição,
Mas não há inquietação (as vezes alguma),
O Divino tem o controle de tudo nas Suas Mãos.








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