domingo, 12 de julho de 2020

Advogamos para Deus ou para o diabo?

O advogado do diabo”: filme para pensar | Andre Mansur

The Devil's Advocate ou simplesmente "O Advogado do Diabo". É um filme que foi do final da década de 1990 (1997 para ser exato). Nesse enredo interessante, teremos grandes atores e atrizes fazendo papeis interessantes, principalmente o Keanu Reeves como Kevin Lomax (o advogado) e o Al Pacino como John Milton, o dono do maior escritório de Advocacia de New York - USA.. 
A princípio temos o Kevin (advogado) de uma pequena cidade da Flórida - EUA, em que ele não perde nenhum caso, e foi contratado pelo John (dono do Escritório em New york). Grande salário, mordomias e tudo o mais que um advogado deseja: fama, dinheiro, poder, destaque. E ele continua ganhando todas as causas, fato é que o John Milton termina por revelar-se como o diabo e o responsável pelo sucesso do advogado. Era a manipulação do diabo que o fazia prosperar.
Claro que o filme é baseado num romance de  Andrew Neiderman, que curiosamente tem o mesmo título do filme.
À parte as questões pertinentes do romance, precisamos, nós, não como "advogados", mas como pessoas normais, pensarmos e refletirmos bem sobre nossas ações, nossas defesas, nossas acusações...
Num mundo pérfido em que estamos vivendo, se acreditamos no bem e no mal, precisamos nos decidirmos de que lado estamos.
Ouvir uma "mentirinha" e aprová-la, defendê-la, não nos coloca num estado de advogado da mentira? E se a mentira é filha do diabo (Jo 8.44) a quem estamos defendendo?
Mentir deliberadamente, num capricho maestral para satisfazer nossas ambições, nossos desejos, não seria está ao lado do diabo?
Ter uma olhar pernicioso no bem do próximo, desejar peçonhosamente a mulher do próximo, querer a mulher do próximo, de que lado nos colocaria?
Fazer juízos de valores em relação ao que está no delito e pecado, e acusá-lo, empurrando para o abismo, nos colocaria do lado do bem ou do mal?
Para quem estamos "advogando"?
Utilizar o outro como escada para subir e cuspir de cima, como se o outro fosse descartável, nos deixa de que lado?
A promiscuidade internalizada dentro de nós entre o bem e o mal, nos coloca de que lado?
Ora damos glória à Deus, e ora, com nossas atitudes de engano damos glória ao senhor do engano? Nos coloca "advogando" para quem?
Vamos permanecer defendendo a Deus e a Mamom?
Estaremos o tempo todo em cima do muro, achando mesmo que o Senhor do Universo envelheceu e está com a barba branca arrastando no chão, com catarata nos olhos sem verificar o profundo do nosso coração?
Os verdadeiros servos de Deus seguem o Amor, a Justiça, a Verdade, a Paz, a Alegria, a Harmonia, o Perdão, Propagando sempre a Salvação.
Verifique! Estamos na "cidade de Deus" ou vivendo "Sodoma e Gomorra"?
Somos de Sião ou da Babilônia?
Para quem estamos "advogando"? For the Devil? Or for God?
Não importa abrirmos nossa boca e dizermos que somos de Deus se o nosso coração está enegrecido pelas trevas do "abismo". E as trevas do abismo são tão densas, mas traiçoeiras que podem nos fazer pensar que estamos em plena luz.
Precisamos "advogar" para o manco, o ferido, o faminto, o moribundo, o desgraçado e miserável que precisa de perdão, mas não permitir que a miséria, que a desgraça tome conta da nossa alma e nos conduza na defesa do erro, da mentira, e do diabo.
Portanto, se estamos prosperando, estamos por Deus ou pelo diabo? Se estamos ganhando todas, é a Mão de Deus ou a manobra do diabo? Precisamos nos decidirmos, qualquer escolha terá a recompensa. Se "advogarmos" para as causas e pelas causas de Deus, seremos retribuídos com a Vida Eterna. Se "advogarmos" para o diabo, para as causas e pelas causas do diabo, estaremos em suas mãos, perdidos no espaço e caminhando a passos largos para o inferno.



Misael Gomes






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Imagem do Google do filme The Devil's Advocate

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