"Ontem", no recôndito do meu ser, ainda me lembro dos braços da minha mãe e do colo do meu pai,
Lembro de momentos tristes e de momentos alegres,
Lembro de faces que sorriram e outras que choraram,
Lembro de pessoas que passaram por mim deixando alguma "marca" e também sendo "marcadas" por mim,
Lembro de sonhos que se concretizaram e outros que sumiram, evaporaram, mas outros que ainda irão se cumprir,
Lembro de gestos,
Lembro de passos,
Lembro de sustos,
Lembro de abraços,
Lembro de topadas no caminho,
Lembro de algumas quedas,
Lembro de cambaleios,
Lembro de gargalhadas,
Lembro também de lágrimas.
Lembro do mar,
Lembro de rios,
Lembro ladeiras,
Lembro de caminhos,
Lembro de árvores,
Algumas eu subi e doutras eu cai.
Lembro de açudes, nalguns nadei e noutros quase morri,
Naqueloutro aprendi a nadar,
E nadei,
Deitei em cima das águas e não afundei.
Ahh!!! Eu lembro,
Lembro de algumas vitórias,
Lembro de derrotas também,
Ambas me ensinaram e estão me ensinando que é preciso sempre lembrar,
Dos caminhos percorridos,
Do desgaste do meu ser quando em combate,
Mas tudo vale a pena.
Lembro de me perder quando criança,
Ah! A distância era tão pouca,
Mas o abrigo dos braços da minha mãe me faltaram por um instante,
E eu chorei,
Me desesperei,
Mas depois me encontrei,
E me comprimi em suas mãos e sorri.
Eu me lembro...
Lembro do sorriso da minha avó,
Como era interessante...
Lembro dela como uma pessoa indouta de academicismo,
Mas douta numa sapiência aprendida com sua visão de mundo,
Com sua vivência,
Com sua experiência.
Lembro das histórias que me contava,
Algumas delas ainda poderia reproduzir...
Lembro do silêncio de certas madrugadas,
Lembro do escuro,
Lembro de imagens que passaram rapidamente nos meus olhos,
Numa carreira incrível que os horizontes se apartavam.
Dai lembro do vertical,
Lembro de nuvens em cima,
Nuvens em baixo,
Lembro da terra como uma maquete gigante.
Lembro dos primeiros dias de aula,
Sabe que eu não queria ficar?
Lembro de está sozinho em meio a multidão,
Lembro de tanta gente conversando,
Mas ao mesmo tempo um "silêncio" sepulcral,
"Ontem" apenas uma criancinha, hoje as cãs insistem em está presentes.
Lembro de dores,
Lembro de amores,
Lembro de rancores,
Lembro que tudo faz parte do lembrar,
No museu de relíquias do passado,
E que vez em quando quero acampar lá dentro,
Mas lembro que "o tempo não pára",
E que não posso me prender ao "ontem",
Mas que preciso viver o "hoje",
Me preparando para o "amanhã",
Porque de fato "amanhã" será um novo dia,
E vou me lembrar do "hoje" como um simples fato do que passou,
Assim como me lembro do "ontem".
Assim sendo, vou me lembrar de continuar a "estrada",
Lembrando que "há muitas surpresas na caminhada",
Mas que a lembrança me faz perceber,
Que preciso está na Mão da Soberania,
Porque só então e só assim,
Poderei ver o "hoje" e ver também o "amanhã" acontecer.
Lembranças nos fazem isso:
ResponderExcluirNum instante olhamos para frente visualizando o passado;
Em outro momento comparamos o hoje com o ontem para vislumbrar o amanhã.
Muitas vezes nos deparamos com o ontem no hoje e percebemos que o ontem se foi e não mais voltará.
Noutras vezes desejamos que o hoje ainda fosse ontem ou que o ontem não tivesse existido ou então que o hoje fosse amanhã.
Então nos lembramos do Criador dos céus e da terra que nos faz lembrar que o ontem, o hoje e o amanhã estão em seus devidos lugares, e assim devem ficar. È sempre bom lembrar que o ontem nos ensina hoje, a não mais errar no amanhã.
Muito melhor é lembrar que o Senhor esteve conosco ontem, está hoje e estará amanhã.
Maria Aurilene.
Lembranças...as vezes nos permitem retroceder e visualizar fatos,felizes ou tristes,amores e dissabores, enfim lembrança nada mais
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