domingo, 22 de setembro de 2013

"A morte não marca hora"


“A Morte não marca hora”,
 É o título de um livro que li a alguns anos, do autor J. A. Jance.
Trata de um drama policial.
Uso apenas a questão da hora da morte,
Nunca marcada,
Sempre invasiva,
Completamente desavisada.
A morte é uma conseqüência da vida humana.
A quem diga que começamos a morrer desde que nascemos,
As células vão sendo mortas e outras vão surgindo,
E morrem pedaços de nós,
“Detalhes” de nós a cada instante...
Outros com vida,
Convivem conosco,
Permanecem vivos,
Mas por fim morrem.
E ainda outros morrem conosco,
Morrem em nós.
A morte,
Monstruosa ou delicada,
É sempre indecente,
Aterrorizante,
Incomplacente,
Em desarmonia com a vida.
Independente da hora que chega,
Não é bem vinda,
Sempre é preterida.
Não importa se de manhã,
Se à tarde,
Se à noite,
Ou madrugada,
Ela é malvada,
Não importa com lágrimas,
Com gritos,
Com dores...
A morte é implacável.
Separa amigos,
Ente queridos,
Casais,
Amores,
A morte provoca horrores...
Assisti quando o grande humorista Chico Anysio declarou:
“Não tenho medo de morrer, tenho pena...”.
Para o vivente às vezes não é a questão do temer ou não temer,
A questão é nunca aceitá-la.
Viver é o antagônico do morrer,
Para o vivente não se morre porque se quer,
Quem vive realmente a vida,
Deseja sempre viver.
Para os teístas a morte é a sentença para o vírus do pecado,
E o pecado é tão horrendo quanto a morte.
Para os cristãos a morte é um inimigo a ser executado na glorificação.
Outras teorias aparecem relacionados a morte,
No entanto, sejam quais forem,
Não há como recebê-la de bom grado.
A morte não respeita planos,
Não respeita sonhos,
Não respeita idades,
Não respeita sorrisos,
Não respeita alegria,
Não quer saber da tristeza...
A morte é mordaz,
É intolerante,
É carrasco,
Um tenebroso inimigo da vida.
A morte não respeita credos,
Não respeita classe social,
Entra no castelo ou no casebre.
Independente de quem detém o poder,
Ou de quem está submisso,
A morte ceifa a todos.
Não importa o lugar,
Não importa o momento,
Não importa a data,
Não importa a hora...
A morte é fria,
Sem sentimentos,
Especialista em deixar vazios...
“A vida humana resume-se em três fatos importantes:
Nascer, Viver e Morrer.
Mas o ser humano não se sente ao nascer,
Sofre ao morrer,
E se esquece de viver.” (La Bruyère)
Quando menos espera-se,
A morte sem marcar hora chega amordaçando,
Bagunçando a vida...
A morte,
Literal ou figurada,
É sempre mau amada,
Desfigurada.
Até com Cristo ela quis implicar,
E na sexta-feira a morte matou Jesus,
Mas no domingo Jesus venceu a morte.
“E aos que morreram em Cristo”,
A morte será surpreendida,
Porque assim como Cristo ressuscitou,
Os que foram mortos crendo em Cristo,
Serão por fim ressuscitados.
“E nós os que estivermos vivos seremos arrebatados ao encontro do Senhor nos ares” (Ap. Paulo).


  



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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Divagações sobre o tempo e o ser humano


Gosto de verificar o tempo,
É interessante...
Os dias passam tão rapidamente...
Penso nos degraus que precisamos subir,
Outros que temos que descer,
E ainda outros que precisamos parar neles e deixar que outros passem por nós.
O importante e eticamente correto é jamais empurrar outrem,
Em nome da amoral, fazer de outros batentes para a glória. 
A vida é tão limitada,
E os homens são tão difíceis de entender...
Verifico-os no “poder” e desprovidos deste,
Vejo-os humildes ou presunçosos,
Em ações “maquiavélicas” ou “amenas”,
Vejo-os tão limitados ao seu egocentrismo medíocre...
Será que também não atuo assim?
Vendo os homens de fora,
Minha percepção é de que a ganância e a prepotência é tão mesquinha,
Tão mordaz,
Tão anti-humana...
E se mergulhar dentro de mim? O que acharei?
É tão bonito ser humano e tão vergonhoso ao mesmo tempo...
Continuo verificando o tempo...
Nele há tantas explicações...
Prefiro uma introspecção da minha humanidade,
Uma verificação se há uma ação do divino em mim,
Que me transforme em algo parecido com o exemplo-mor de humanidade: JESUS.







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