sábado, 3 de maio de 2014

O Sagrado e o Profano

 
Entre o sagrado e o profano,
O santo e o pervertido,
O puro e o impuro,
O separado e o misturado...
Vivemos na dialética maldita.
O querer e o poder ser,
O não querer e o ser...
A insistência relutante de não profanar o sagrado.
O sacrossanto teontológico,
Que busca na imanência a permanência do imaculado,
Mas a mácula do homo sapiens,
Existe desde que comeu do profanado.
E a luta incessante do arbítrio,
Continua na decisão de escolher entre o sacro e o conspurco,
Entre o consagrado e o espúrio.
O sagrado é metafísico, é transcendente, mas também imanente.
O profano é presente,
É latente,
Aflora com um simples olhar,
E aprofunda,
E separa do que é “Separado”,
Do que é Puro,
Do que é Sagrado.
O Sagrado advém de uma busca perene,
De uma resolução para o não-mundano,
E o mundano é profano, é adúltero,
É corrompido.
O Sagrado está imanente,
Mas requer perseverança e decisão,
Uma opção,
Em busca da Imanência Transcendental,
Que é o Sagrado dentro de nós.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Translate

Arquivo do blog