terça-feira, 5 de outubro de 2021

Rios Solitários

 


“Rios solitários correm para o mar”,

E o mar esconde a solidão,

Solitários mergulham no oceano,

E o oceano não se seca,

Continua esplendoroso,

Cheio de mistérios, cheio de segredos.

 

“Rios solitários flutuam para o mar”,

Em mergulhos viajantes,

Cheios de nostalgia,

Sufocando a alegria,

Com pensamentos delirantes.

 

Rios solitários navegam para o mar,

Numa descida contumaz,

Quando a alma não satisfaz,

Num frenesi em busca de amar.

 

Rios em solidão se escondem para dentro do mar,

Para a profundidade do secreto,

Tentando sepultar as agruras do passado,

Devaneios do ontem,

Num grito de socorro calado.

 

Rios solitários afundam dentro do mar,

Num exercício do calar,

Em águas desconhecidas,

No mais profundo do devagar.

 

Rios solitários se ocultam no mar,

Silenciando o ser,

De amores,

De horrores,

De dores no viver.

 

Rios solitários se afogam no mar,

Cheios de lágrimas,

De lamentos,

Tormentos,

Decepções...

 

Rios solitários não voltam depois de amar,

Do mar,

Do oceano infindo,

Profundo,

Moribundo.

 

Ah! Rios solitários precisam navegar,

Mesmo dentro do mar,

Deixar as águas flutuarem,

Sacudirem as bolhas,

E fazer fluir a esperança,

Esquecendo as lembranças,

Dos dias tenebrosos,

E percorrer a correnteza,

Que vai nos guiando para Águas Vivas,

Para a Nova Vida que a Providência sempre proporcionará.



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Imagem do Google

 

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