Decisões
Em dado momento decidi nascer,
Numa disputa em querer ficar no ventre ou sair,
Impulsionado pelo Divino nasci.
Decidi viver,
Numa luta constante entre o não viver e o permanecer vivo,
O Divino me manteve vivo.
Decidi falar,
Entre o falar e o silêncio minha natureza não quis silenciar,
Assim sendo, falei, dádiva do Criador.
Decidi que não deveria ficar apenas no colo,
Em tropeços e quedas,
Decidi andar, e andei, corri, pulei...
Decidi que deveria aprender,
Outros me instigaram?
Sim, me coagiram a estudar,
Mas decidi aprender, e aprendi e estou aprendendo.
Decidi que quanto mais aprendo, mais devo aprender,
O aprendizado é uma constante da vida,
Nós jamais saberemos de tudo.
Decidi amar,
Entre prazeres e dores,
O amor é uma dádiva Divina,
Apenas quem abre o coração têm o prazer de amar.
Decidi não odiar,
O ódio é uma mácula na alma,
Algo corrosivo no ser,
Não se pode crescer com um sentimento que estagna, paralisa,
imobiliza.
Decidi perdoar,
Só quem ama é capaz de perdoar,
O perdão abre caminhos,
Espaços,
Amplia o ser,
Só os fracos não perdoam,
Os fortalecidos pelo amor perdoam,
E os extra-ordinários esquecem a dor causada pela ferida do
insulto,
Da difamação,
Da calunia,
Da incompreensão,
Da deslealdade...
Apenas os extra-ordinários são capazes.
Será que sou?
Quando somos filhos de Deus,
Sua Vida em nós nos habilita a não sentir as dores depois
das cicatrizes.
Decidi perdoar...
Decidi avançar,
Parasitar no passado é apenas um retrocesso infeliz de quem
não acredita na vida.
Decidi conhecer o mundo,
Não há nada lá,
Apenas prazeres supérfluos.
Decidi conhecer o Divino,
Quanto mais o busco,
Mais decido ir além, muito além...
Decidi não ser mais eu, mas ELE em mim.
Decidi viver o que o Divino Preordenou no Seu Decreto pra
mim.
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