quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Sarados

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Precisamos sarar as feridas que sangram
Perdoar,
Viver sem pesar,
Cantar com liberalidade.
Quando tropeçamos e caímos,
Jamais esquecemos o local e as condições que nos fizeram cair.
A primeira coisa depois da queda é olhar para os lados para verificar quem viu.
No trânsito quando sofremos acidentes,
Poderemos passar milhares de vezes no local,
E tantas quantas vezes passarmos nos relembraremos.
A injuria,
A difamação,
A calunia...
Seguem o mesmo percurso do acidente.
Quando sofremos uma traição, seja qual for,
Não conseguimos esquecer...
Um amigo que falseou a amizade,
É como uma punhalada no peito.
Os segredos espalhados,
É como se subissem em cima de um monte e jogasse de lá plumas,
Impossível juntá-las novamente.
É como um dente que dói,
Lateja e não deixa vir o sono.
O ser humano é tão limitado que não sabe esquecer as intempéries da vida.
Parece que esse é apenas um Atributo da Divindade,
Que ao nos aceitar,
Apaga os nossos delitos e esquece os nossos pecados,
Não levando em conta o tempo da ignorância,
E ainda quando sabemos,
Ele cuida de perdoar,
De esquecer.
Há sim cicatrizes que não se apagam,
Há sim lágrimas ocultas quando relembramos as feridas.
Precisamos urgentemente entender o que Jesus quis dizer com:
“...Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores...” (Jo 6.12).
Sim, temos feridas nos corações,
São palavras “mal-ditas”,
Que continuam amaldiçoando os nossos corações.
São ações pérfidas,
Menções espúrias sobre nós,
Que a mente faz questão de relembrar.
Como nos locais dos acidentes.
Uma práxis deliberadamente voluntária e consciente contra o nosso ser,
É algo profundamente danoso para se esquecer.
Li outro dia um judeu sobrevivente do holocausto afirmar: “Só os mortos podem perdoar, nós os vivos somos proibidos de esquecer.”
O tamanho da dor de um judeu não pode ser medida,
E jamais podem esquecer os danos causados em suas vidas por toda a vida.
Mas, e nós, seres professos seguidores de Jesus Cristo?
“Aprendei de mim...”, disse o Nazareno.
Na cruz pregado, vendo os insultos e a difamação,
Ainda assim olhou para o Pai e disse: “Perdoa-os...”.
Num brado forçoso devido a posição da crucificação,
Ainda teve forças para dizer: “Está Consumado ...”
‘Está concluído!’
‘Está tudo pago!’
‘Eu os torno livres!’
E que fizeram com Ele,
“Pai, Eu vim pra isso, morrer pelos pecadores... Perdoa-os...”
Ah! Quantas cicatrizes ainda "sangram" em nós,
Ah! Quantos “mal-dizeres”, ainda nos abalam...
Podemos nos libertar e viver feliz.
Podemos ser sarados.
“...Pelas Suas pisaduras, fomos sarados” (Is 53.5).
Mas, e se ainda sentirmos o sangue descer???
Se ainda sentimos dores,
Se ainda nos lembramos dos acidentes e de quem nos acidentou???
Ainda não estamos vivendo Cristo,
Se vivermos a vida de Jesus, seremos SARADOS.
“APRENDEI DE MIM...”
E, quando estiverdes orando,PERDOAI, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas.” (Mt 11.25).
Quer cura?
“E dizia Jesus: PAI,  perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” (Lc 23.34).
Se não estamos aptos para perdoar,
Não somos aptos para seguir Jesus.
Se estamos ainda com “feridas”,
É porque Jesus Cristo não se tornou PLENO no nosso ser.
Se ELE se tornar, seremos sarados.




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