terça-feira, 18 de setembro de 2018

A intolerância ao pensamento do outro


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Os grandes mestres da educação nos ensinaram que mesmo o pensamento do "senso comum" deve ser considerado. Mesmo porque, o pensamento comum têm muito de científico, depois de passado pelo crivo do empírico e da ciência.
Ora, quem disse que um simples chá não pode curar uma azia, controlar uma febre, controlar a pressão arterial. Basta conhecer as plantas e as suas propriedades curativas.
Muito do que inserimos na alimentação ocidental veio dos nativos das terras que foram “descobertas”, tanto na África quanto nas Américas e outros continentes. Comidas essas que perpetuaram nos nossos cardápios.
Ah! E o que dizer dos provérbios, do viver bem em comunidade. E se Hobbes têm razão em falar dos pactos para se viver em paz em sociedade, deve ter razão em entender que os pactos surgiram ainda num tempo em que o pensamento comum estava em valia.
O meu direito é cedido ao outro, ao tempo em que o outro cede o seu direito a mim. Na realidade cedemos o direito ao Leviatã, essa forma de Estado em que controla os pactos, e através de Leis estabelecem o cumprimento dos mesmos.
“...Os meios justificam os fins...” para Maquiavel, mesmo que se use das astúcias mais amorais para que se consiga o “poder do Leviatã”, mas é claro que Maquiavel é tão moralista quanto o desejo de manter o poder, o que implica em problemas diversos para os concidadãos, é que o príncipe parece estar acima da ordem e do próprio Estado. O príncipe se torna a encarnação do poder político, bélico. E a massa deve temê-lo, acima do amá-lo.
Nasce a intolerância ao pensamento divergente, aqui há a quebra dos pactos. Claro que o pensamento de Hobbes sucedeu o pensamento de Maquiavel, no entanto, numa análise da conjuntura da (in) tolerância, entendendo por tolerância  “...admitir modos de pensar, de agir e de sentir que diferem dos de um indivíduo ou de grupos determinados, políticos ou religiosos. Diferença máxima admitida entre um valor especificado e o obtido; margem especificada como admissível para o erro em uma medida ou para discrepância em relação a um padrão.” (Dic. Aurélio). Entendemos que o intolerante sofre um tipo de “miopia social”, um “astigmatismo político e religioso”.
Há uma visão limitada demais dos problemas sócio-políticos e religiosos, uma mistura de um tudo, sem uma aferição do que é verdadeiro. Há discursos afobados em nome de Deus, da moral, do certo...
Penso no Cristo e na tolerância que teve em relação ao mundo. Penso no Deus do Cristo que Misericordiosamente aceitou as nossas divergências e nos fez uma recriação espiritual.
Ora, aonde fomos bons? Ou desde quando fomos perfeitos, moralmente corretos...? em nós, “...na nossa carne não habita bem algum...”. E se o Espírito de Jesus está operando em nós, vemos o outro que está no estado em que já estivemos, e estendemos nossas mãos para arrancá-los do abismo. Enviá-los para o inferno não é serviço de quem já caminhou nessa direção. Aliás, o inferno não foi feito para o cristão. Mas não podemos enviar quem não é (ainda) pra lá, mesmo porque o serviço de fazer a separação do trigo e do joio não é nosso.
Assim sendo, precisamos manter os pactos. As leis precisam serem cumpridas, e não se cumpre através do “homem lobo”, através da “guerra permanente de um contra o outro” (Hobbes). Precisamos da tolerância para salvar os misereres que estão em estados de plena miséria social, moral, econômica, política... conscientes ou inconscientes.
O Reino de Deus é o Reino da tolerância, da Benignidade, da Bondade, da Pacificação, da Moderação, da Longanimidade, da Paz, da Alegria, da Moralidade, do Autocontrole... o Reino de Deus deve ser transferido de dentro de nós para o outro, e produzir a transformação.




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quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Obstinação






‘Obstinação; é o caminho mais curto para você atingir o sucesso!... Frase de Charles Chaplin.
Obstinação

É a ação daquele que é obstinado, pertinácia, persistência. Por sua vez, obstinado é um adjetivo, implicando naquele que se aferra a uma idéia, uma opinião, um projeto, um plano e que não se deixar dissuadir, podendo ser irredutível, teimoso até, naquilo para o que deseja, para o que projeta.
Por vezes o obstinado é tido como alguém difícil de convencer,  e é, mesmo porque, quem adota em seu comportamento esse adjetivo, ou quem é adjetivado por obstinado geralmente têm sua idéia formada, sua opinião, seu projeto, seu plano e não abre mão daquilo que já decidiu por perseguir como alvo.
Não há problemas em ser obstinado, desde que o seja na direção certa, nos alvos corretos e que jamais seja de dura cerviz em relação aos Projetos do Divino, pois que, se a obstinação se dá contra os desígnios do Ser Eterno não há prosperidade, não há vitórias.
Mas se a obstinação se diz relacionada aos propósitos e projetos dentro da Vontade Soberana, não há porque não avançar, não há porque desistir.
O obstinado não desiste nunca. Não se rende. Não se preocupa com opiniões alheias. Segue!
A obstinação não é para os fracos. Os fracos desistem, “jogam a toalha”, sentam-se e lastimam-se. O obstinado segue. Avança. Não há arrependimentos pelo avançar.
Todos podem dizer que não, mas a obstinação diz: Sim.
O obstinado sabe que vai conseguir. O obstinado visualiza o triunfo. Persegue o triunfo. Conquista o triunfo.
A obstinação deve estar presente na vida daqueles que sabem que podem ir mais além. Sim, há uma força  Invisível e Indizível que o conduz, que o impulsiona e que garante a vitória.
Por vezes o obstinado sofre os impactos na jornada. Por vezes os pés ficam marcados pelos espinhos e alma sente a ferida, a perfuração dos que não entendem, dos que não acreditam. Mas não se sente derrotado na guerra, ainda que perca certas batalhas, ainda que sangre e que chore, no entanto, segue, sabe que a vitória está garantida.
Portanto, o triunfo do obstinado não será provado pelos que não acreditaram e desprezaram, que o apunhalaram, que o fizeram sangrar, mas será desfrutado pelo agente do caminhar, do lutar e de todos aqueles que deram água, pão e estenderam a mão quando nos tropeços do caminho. Vale a pena. Obstinação é uma virtude se usada para o bem. Para os propósitos que forem para a Glória da Majestade Divina.


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sábado, 1 de setembro de 2018

Quando não há explicações

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Quando não há explicações

O início da vida humana é um mistério, assim como o desenvolver da mesma. O “entretecer” no ventre materno, o pulsar do coração e a origem da vida... tudo segredos que não podem ser explicados. Se explicar-se apenas o encontro da semente masculina com o óvulo feminino é muito raso para entendermos a origem da vida... da alma, do espírito humano... são segredos misteriosos demais.
Há limitações que não podemos ir mais além... alguns filósofos pensaram em que a idéia de Deus deu-se a partir dos medos do homem, deu-se através da inquietude do dia vindouro, mas, há significados e significações para além do que imaginamos, e, explicar a Divindade a partir de medo ou de inquietação do “amanhã”, é muito pouco para quem já esteve face a face com o Divino.
No entanto, mesmo que já esteve face a face com a Divindade não consegue explicar o inexplicável...
Por que uns nascem em palácios e outros em casebres?
Por que uns vivem sem dores e outros a sofrem desde sempre?
Por que uns vivem saudáveis e outros feridos, chagados?
Por que uns morrem e outros vivem?
Por que os vivem mortos e outros estão mortos vivos?
Por que alguns nascem em lugares desconhecidos e outros nascem destacados, cheios de holofotes?
Por que alguns são eleitos ao conhecer o Divino e outros preteridos?
Por que alguns sofrem necessidades e outros esbanjam e pisam em cima das farturas?
Por que há coisas que não conseguimos explicar???
A razão não alcança a fé,
A fé consegue enxergar o invisível e dizer o indizível...
A fé explica o inexplicável e soluciona questionamentos que comumente não teríamos como resolvê-los.
A fé é dada como dom do Ser Divino para desenvolvimento de uma vida abundante, da Vida Eterna.
A Vida de Deus explica o inexplicável, a Vida de Deus compreende o incompreensível, a Vida de Deus manifesta as Suas Ações frente ao inexplicável.
Quando não houver explicações existirá a fé, e a fé nos leva para além, e nos faz andar nas Regiões Celestiais. E nas Regiões Celestiais sempre vemos de cima para baixo, vemos na Visão de Deus.


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