segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Há o Fanal para indicar o caminho



Todos os dias somos testados,
Provados pela vida,
Numa equação de eventos,
Num somatório de circuitos enigmáticos.
Todos os momentos aprendemos a apreender,
Lições inimagináveis,
Que não queríamos conhecer,
Que não deveria acontecer.
Mas a vida é feita de emaranhados de redes,
São teias que precisamos entendê-las,
São caminhos que precisamos desenrolar,
Até que alcancemos o outro lado do labirinto.
Há sempre uma Luz,
Meu Fanal nos dias escuros,
Sei que estou em Sua direção,

Para caminharmos na Sua Projeção.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Recomeçar



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Recomeçar...
É o aprender a andar depois que desaprendemos os passos,
É o seguir a partir do marco zero,
É trilhar o novo,
Mesmo sem saber quais as esquinas que nos esperam...
Mesmo sem conhecer os caminhos...
É o levantar-se depois da queda,
Olhar para os lados, desconfiados de quem está nos vendo no chão,
Mas limpar a poeira e seguir sem olhar pra trás,
Porque afinal, pra frente é que se anda...
Atrás apenas a experiência dos caimentos,
Das frustrações,
Dos desprezos,
Dos projetos inconclusos,
Dos meneares de cabeças,
Atrás apenas o cuidado com as hecatombes da vida.
Recomeçar...
Depois de bicar a penha,
De sangrar o bico,
De depenar por meses,
Sem auxilio,
Sem visitas,
Só solidão...
E depois o vôo livre do renovo.
Recomeçar...
Depois de pular fora d’água,
Debater no solo quente e seco,
Procurar o oxigênio e não o encontrar...
Pular de volta ao rio,
Sentir o frio e a liberalidade da respiração,
Nadar como da primeira vez,
Mergulhar profundo,
Até encontrar a “Água Viva”,
As correntezas que nos levam além do físico e do imanente...
 Recomeçar...
Aprendendo a “linguagem...”
Pronunciando “silabas”,
Como quem por amnésia perdeu o falar...
Sentir o prazer de dizer palavras, frases...
Cantar e contar poesia...
Aprender as “cores...”
Ouvir uma melodia...
Admirar paisagens...
E se sentir parte do mundo...
Recomeçar...
Ouvir novamente a voz magnânima do Soberano,
Seguir Sua orientação,
E voltar a viver...

Viver recomeçando...





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sexta-feira, 18 de julho de 2014

Deus e o Seu Decreto

Num misterioso momento na Eternidade, O Onipotente decide criar,
A partir de um Decreto Único,
Quando nada em absoluto havia sido feito,
Ele viu o fim ainda antes que o início acontecesse (Is 46.10).
Não há como um Projeto de Deus sair do circuito pelo qual foi Planejado.
Todas as ações dos seres vivos foram vistas pelo Altíssimo ainda antes que qualquer delas viesse acontecer,
Por isso, para Deus nada é maravilhoso (Jr 32.27),
Ele não se surpreende com absolutamente nada,
Porque Projetou meios e fins para que seus Desígnios Eternos fossem executados no tempo.

"O homem pode mudar e muitas vezes muda mesmo seus planos por vários motivos. Pode acontecer que lhe faltou seriedade de propósito, não viu o que estava implícito no plano, ou podem faltar forças para realizá-lo. Mas em Deus nada disso se pode conceber. Seu conhecimento não é deficiente, nem seu poder, nem sua veracidade. Conseqüentemente, ele não precisa mudar seu decreto devido a um engano ou incapacidade de cumpri-lo. E não o mudará, visto que é fiel e verdadeiro" (A. A. Hodge).

O Ser Divino jamais se equivoca,
Não há quem possa fazer escapar alguém de Suas mãos (Is 43.13).
“Ainda antes que houvesse dia, EU SOU...” (Is 43.13),
O verbo Ser deve ser entendido como O que ERA, O que É, e O que sempre SERÁ.
A Majestade Suprema não criou marionetes,
Criou seres livres que agem dentro de Seu Projeto,
Executando aquilo que Ele Pré-ordenou desde os tempos eternos.
Os dias para Deus não são contados,
Ele é Ab Aeterno,
Não tem Princípio e nem fim...
Estou seguro nos Seus Decretos, SENHOR do Universo.

domingo, 1 de junho de 2014

A crise e a Shalom de Deus




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Crise “(...) Manifestação violenta e repentina de ruptura do equilíbrio: Manifestação violenta de um sentimento: Estado de dúvidas e incertezas: Fase difícil, grave, na evolução das coisas, dos fatos, das idéias: Momento perigoso ou decisivo: Lance embaraçoso; (...) Tensão, conflito: (...)” (Aurélio).
A crise é sem dúvidas o momento de olharmos ao redor e verificarmos quem de fato esteve sempre ao nosso lado.
Na crise sabemos quem nos ama pelo que somos, e aqueles que estavam conosco porque estamos sem crise.
Na crise descobrimos o verdadeiro amor ou ausência dele...
Na crise, mesmo violenta e repentina quebrando o equilíbrio, vemos coisas que jamais perceberíamos se não estivéssemos em conflito.
Na crise vemos as sombras que acompanham os nossos passos,
Vemos o passado presente,
O futuro como algo impossível...
Na crise não adianta suplício e o adiamento de decisões,
Na crise ou morremos ou sobrevivemos,
Quando sobrevivemos somos verdadeiras “palmeiras do deserto”,
Vindo as tempestades de areia,
Tentam nos quebrar,
Nos arrancar,
Mas dobramos até ao chão,
E ao fim da tempestade voltamos a nos reerguer.
Mesmo no deserto ela ainda produz frutos...
A crise nos tira da zona de conforto,
Nos leva ao meio da guerra,
Da batalha...
E por vezes saímos feridos,
Transtornados...
Mas há uma Mão Amiga que nos segura,
Há uma Voz no interior que nos tranquiliza,
Há novidades...
Há projetos...
Há decisões...
Há revelações do que estava cortinado,
Abstruso,
Conseguimos enxergar o que os olhos naturais não viam...
Na crise uns choram e outros jubilam e endurecem,
Mas no final de tudo,
Sempre saímos vencedores,
De cabeça erguida...
Porque os furacões passam,
As nuvens negras se vão,
Os jubilosos e fortalecidos serão sempre quem  esteve no centro da vontade de Deus.
E a crise aprofunda ainda mais nossas raízes no Divino,
Porque Ele já estabeleceu o Futuro antes que o início aconteça,
E o que acontecer na crise,
Foi projeto de Deus para nos dá o voo da liberdade,
Da vitória,
Da (shalom) completude em Deus.




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quarta-feira, 28 de maio de 2014

A prioridade da vida


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Em que consiste as prioridades da vida moderna?
No frenesi do querer ser único?
Do querer ser individualista?
Do querer ser visto e admirado?
Do querer conquistar planos e projetos “des-projetados” pelo Ser Infinito?
Do que consiste o desvairo de abandonar o “eu” interior?
E mergulhar no desconhecido de “ponta cabeça” num oceano ignorado,
Sem saber ao certo onde vai dar,
Onde se aprisionar?
De onde incide a ideia e o idealismo de que podemos ser donos da nossa própria vida, e que o Ser Divino está no além sem se importar com os desígnios de nossas decisões?
Mas que incongruência é essa de pensarmos que somos proprietários de nosso destino,
E que o Divino está de barba branca desorientado com o futuro e de óculos de graus elevadíssimos, ou quem sabe sofrendo de catarata?
De onde vem a ideia e o idealismo de um mundo moderno, onde os valores são relativizados, destroçados, adaptados ao nosso modus vivend?
Que canseira é essa de olhar pra dentro de nós e vermos que precisamos nos encontrar ao invés de querer cambiar o nosso verdadeiro “ser”?
Viveremos a ilusão de nos projetarmos na direção de “outrem”, de repetirmos suas quedas, seus deslizes, seus vazios, seus “silêncios ocultos”, suas dores infindas, suas decepções, o infeliz desejo de não ter feito o que deveria ter feito dentro do Projeto da Divindade?
Quais as prioridades da vida moderna?
Aprendermos e apreendermos conceitos, teorias, práxis...
E esquecermos o simples?
O essencial para o ser feliz?
O complexo é complicado demais para as limitações do ser humano,
E o tempo de vida é curto demais para pararmos no tempo.
A busca desenfreada por nossos “objetos” de desejo,
Nem sempre nos farão prósperos e felizes...
Que prioridades precisamos valorar para efetivar nossa real realização?
De que adianta realizarmos “tudo” e não realizarmos “o bem maior”?
E o “bem maior” é o está no centro da vontade do Ser Eterno,
E o bem maior é a vida,
É a família,
É o amor,
A cumplicidade,
A confiança depositada...
O bem maior é amar e ser amado (a),
É querer e ser querido (a),
O bem maior é a conquista e o troféu é a comunhão,
E a comunhão implica no que é meu é teu,
E o que teu é meu.
Os desejos são entrelaçados,
Os anseios são divididos,
O amor é a completude e a prioridade para quem quer viver feliz no mundo moderno.
Porque muitos já desistiram,
Porque muitos já cambiaram,
E muitos já conquistaram e se perderam nas conquistas...
Mas poucos, bem poucos ou nenhum,
Conseguiram viver a vida feliz sem o verdadeiro amor,
E o verdadeiro amor é reciprocidade,
O verdadeiro amor é cumplicidade,
O verdadeiro amor é cultivado,
Regado,
Cuidado,
Todos os dias,
Todos os momentos...
Por isso na correria do mundo mundo moderno,
Nas decisões de querer sempre mais,
Minha prioridade será sempre o amor.
E o amor nos fará conquistar o inconquistável...
Porque ELE nos faz sempre além daquilo que pedimos ou pensamos. 




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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Os desafios da vida


Todos os dias,
E um dia novo,
Ou o velho dia de sempre...
A busca desesperada pelo novo,
Mas a insistência de permanecer do que já se foi...
E o que se foi não volta,
O passado vive preso na jaula que criamos dentro de nós,
Ou o expulsamos,
Ou será uma sombra que nos acompanhará todos os dias da nossa vida.
Existem barreiras que precisamos transpor,
Existem muralhas que precisamos derrubar,
Existem sonhos que são impróprios,
São devaneios que a mente insiste em querer perpetuar...
Queremos demais nossos conceitos firmados,
E por vezes são apenas preconceitos,
São dilemas internos mau resolvidos,
São loucuras que o cognoscível insiste em querer,
São nuvens que passaram...
São águas que moveram moinhos,
São flechas lançadas,
São oportunidades perdidas...
O desafio da vida consiste em viver,
Mesmo depois das perdas,
Mesmo depois das quedas,
Mesmo depois das impossibilidades...
O desafio da vida consiste em continuar,
Em "Desistir nunca, Render-se jamais",
O desafio da vida consiste em não andar cabisbaixo,
Porque pra frente é que se anda,
E existem curvas no caminho,
Existem becos sem saída,
Existem labirintos que precisamos encontrar o lugar por onde se sai...
O desafio da vida consiste em querer vencer,
Mesmo que a derrota se mostre presente,
Há um Ser Divino que nos assiste,
Que nos vê,
Que se preocupa com detalhes da nossa vida...
E que projetou um plano,
Arquitetou um intento,
E efetuará todos os seus desígnios no tempo certo.
O desafio da vida é saber esperar as novas oportunidades,
Jamais desacreditando,
Que o que está determinado (pelo ser Divino) será feito.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Os Sonhos e o Amor

Sonhar,
É praxe da gente.
Projetar para o futuro,
E o futuro está próximo,
O futuro é agora.
E o agora deve ser vivido intensamente,
Como se não existisse o amanhã,
Porque o amanhã será o hoje,
E o hoje o ontem.
O amanhã é construído exatamente em cima dos alicerces do hoje,
Do agora,
Por isso não devemos deixar de viver o agora,
Adiando as emoções,
As paixões,
O desejo de viver intensamente.
Porque perdemos tempo demais com o ontem,
E adiamos muitos dias para o amanhã,
O amanhã que poderia ser construído no hoje,
Por vezes demora “eternidade” para acontecer,
Porque nossa responsabilidade no hoje,
Deve ser plantada,
Cultivada,
Regada,
Com os projetos para o amanhã.
E o amanhã dependerá muito das escolhas que fazemos no hoje,
Das ações que praticamos no agora,
Das palavras que se materializam,
Dos passos que damos,
Das reflexões que paramos para pensar.
E o pensar pode ser o “ponto de partida”,
Ou o “abandono do ponto”.
Da “partida” na direção para o alvo,
Para os planos,
Para os projetos,
Para o ser feliz.
E a felicidade não está longe,
A felicidade está em nós,
E por nós...
A felicidade depende de seguirmos no caminho que dantes fora decretado (pelo Ab aeterno),
Projetado,
Estabelecido,
Como o alvo,
E o alvo,
O alicerce da construção do alvo,
É o amor.
“O amor que tudo sofre,
Tudo crê,
Tudo suporta” (I Co).
“Permanecem a fé,
A esperança,
E o amor,
O maior destes é o AMOR” (I Co).
Seja o hoje,
O amanhã,
O futuro,
A base será sempre o AMOR.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Karl Marx e a Religião



Karl Marx (1818 - 1883), alemão, filho de judeus, converte-se ao cristianismo (luterano), escreve alguns artigos na defesa da fé, mas, depois de estudar Filosofia, termina por revoltar-se contra Deus. Afirmou que se vingaria de Deus.
Marx foi um dos homens mais intelectuais que o mundo já teve.
Filósofo, Jornalista, Economista, Sociólogo, Politicólogo... um homem que influenciaria toda uma geração e outras após ele.
Intelectual e ativista, revolucionário. Contrario ao modus vivend dos burgueses, contrário a ordem capitalista estabelecida com a queda do feudalismo (contrário a esta também).
Revoltado com a maneira humilhante, escravizável com que viviam os operários, os trabalhadores... ele tende a revoltar-se contra Deus e a Religião.
Começa sua escrita afirmando que "A crítica a religião é a premissa de toda crítica" (Crítica a Filosofia do Direito de Hegel, 1843), e continua afirmando que "...não é a religião que faz o homem, mas o homem que faz a religião..." E que a religião "É o ópio do povo".
No cenário em que estava incluso é possível entender o que ele estava dizendo. Estava na Alemanha Reformada (Protestante), cheia de pessoas com certeza do céu, mas sem se importar com o seu semelhante.
Foi então expulso da Alemanha. Na França ele continua seus protestos, fundando partidos, mas por fim, expulso também da França. Migra Bélgica e lá escreve com Engels (O Manifesto do Partido Comunista, 1848), e aqui declara: "Tudo o que era estável e sólido desmancha no ar; tudo que era sagrado é profano...” “O comunismo abole as verdades eternas, abole a religião e a moral, em vez de lhe conferir nova formula...” 
Marx era um ateu confesso, no entanto, a parte certas verdades em relação a religião, é preciso que se diga: Deus não está em nenhuma gaiola preso, Deus não está preso a nenhuma instituição humana, Deus não está preso a nenhuma religião. Deus não pode ser sintetizado apenas ao conceito de religião.
O Ser Divino está num lugar alto e santo (Is 57.15), o Ser Eterno está acima de tudo e de todos, Ele conhece o mais profundo do coração humano.
Ele sabe das divergências de classes, conhece o pobre e o oprimido, vê de longe os pensamentos do coração do ser humano.
A religião (do latim religare) é a forma de religar o homem ao Ser Divino.
Se anomias existem nalgumas religiões, fazem parte da humanidade, não de Deus.
O Ser Imutável  permanece para sempre, independente de quem crer ou não. E aliás, não necessita do homem para existir, Ele simplesmente existe.
Há uma certeza convicta de quem empiricamente prova a Deus.
Quem O conhece, quem O experimenta sabe que Ele vai além daquilo que pedimos ou pensamos (Ef 3.20).
    







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quarta-feira, 14 de maio de 2014

Lúcifer ou Satanás

 

Desde os dias primevos,
Na primeira criação do Criador,
Quando Ele decide criar o mundo celestial,
Cria a Lúcifer...
Do hb. heilel ben-shachar Brilho filho da manhã.
Como ele era belo,
O querubim ungido,
O mais requintado dentre os demais.
Quanta glória estava sobre ele (Ez 28)...
Os demais seres angelicais o admiravam,
Seguiam sua aferição (Ez 28),
Jubilavam pelo seu brilho,
Anelavam vê-lo brilhar...
Até que subiu ao seu coração o desejo de ser semelhante ao EL ELYON.
Desde então foi lançado de alto a baixo,
E caindo levou consigo seus admiradores,
Que se tornaram seus súditos,
E seu exército.
Lúcifer (Lt "portador de luz) transforma-se em Satanás...
Formando ao redor de si um exército de anjos caídos,
Organizados em Principados, Potestades, Príncipes das trevas e Hostes espirituais da maldade (Ef 6.12),
Ele continua trabalhando,
Agindo contra a criação do criador.
Ao mundo se apresenta como àquele que faz "brilhar luz",
Produzindo sorrisos,
Promovendo prazeres,
Indo até o mais íntimo do desejo humano,
E confundindo assim a humanidade.
Ele é o pai da mentira (Jo 8.44),
Ele é períto em engano,
Ele é o mais perigoso adversário (Satanás quer dizer exatamente isso) da humanidade.
Lúcifer ou Satanás é o mesmo mordaz que continua destruindo vidas,
Famíllias,
Sonhos,
Realizações.



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sábado, 3 de maio de 2014

O Sagrado e o Profano

 
Entre o sagrado e o profano,
O santo e o pervertido,
O puro e o impuro,
O separado e o misturado...
Vivemos na dialética maldita.
O querer e o poder ser,
O não querer e o ser...
A insistência relutante de não profanar o sagrado.
O sacrossanto teontológico,
Que busca na imanência a permanência do imaculado,
Mas a mácula do homo sapiens,
Existe desde que comeu do profanado.
E a luta incessante do arbítrio,
Continua na decisão de escolher entre o sacro e o conspurco,
Entre o consagrado e o espúrio.
O sagrado é metafísico, é transcendente, mas também imanente.
O profano é presente,
É latente,
Aflora com um simples olhar,
E aprofunda,
E separa do que é “Separado”,
Do que é Puro,
Do que é Sagrado.
O Sagrado advém de uma busca perene,
De uma resolução para o não-mundano,
E o mundano é profano, é adúltero,
É corrompido.
O Sagrado está imanente,
Mas requer perseverança e decisão,
Uma opção,
Em busca da Imanência Transcendental,
Que é o Sagrado dentro de nós.

domingo, 20 de abril de 2014

Limitações e o Ilimitável







Fico imaginando como corremos...
Como pensamos...
Como projetamos...
É praxe de nós, seres humanos, tentar ir mais além...





E por vezes escalamos montanhas que são quase que intransponíveis,
E no topo olhamos quanto foi difícil termos enfrentado tudo...
E queremos atingir outros picos, noutras montanhas,
E o caminho se torna íngreme demais,
Mas o alpinista inveterado não sossega enquanto não chegar ao zênite,
E a sua fome é apenas vislumbrar a paisagem,
Sua orexia é apenas subir ao cimo desejado.
No entanto, há limitações no caminho,
Há limitações no corpo,
Há limitações no clima,
Há limitações impostas pela Transcendência,
Há limitações...
Quando o Transcendente está Imanente com os Seus Projetos,
Pré-ordenado desde o “Decreto” ab aeterno,
Somos levados a “montanhas” para além do visível,
Escalamos o improvável e impossível,
Para “lá” ao longe das limitações,
Onde o impercebível é percebível,
Onde o Metafísico se utiliza do frágil físico,
E a Graça do Ser Imutável-Ilimitável,
Alcança o ser ínfimo,
Para o Louvor de Sua Própria Glória




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domingo, 22 de setembro de 2013

"A morte não marca hora"


“A Morte não marca hora”,
 É o título de um livro que li a alguns anos, do autor J. A. Jance.
Trata de um drama policial.
Uso apenas a questão da hora da morte,
Nunca marcada,
Sempre invasiva,
Completamente desavisada.
A morte é uma conseqüência da vida humana.
A quem diga que começamos a morrer desde que nascemos,
As células vão sendo mortas e outras vão surgindo,
E morrem pedaços de nós,
“Detalhes” de nós a cada instante...
Outros com vida,
Convivem conosco,
Permanecem vivos,
Mas por fim morrem.
E ainda outros morrem conosco,
Morrem em nós.
A morte,
Monstruosa ou delicada,
É sempre indecente,
Aterrorizante,
Incomplacente,
Em desarmonia com a vida.
Independente da hora que chega,
Não é bem vinda,
Sempre é preterida.
Não importa se de manhã,
Se à tarde,
Se à noite,
Ou madrugada,
Ela é malvada,
Não importa com lágrimas,
Com gritos,
Com dores...
A morte é implacável.
Separa amigos,
Ente queridos,
Casais,
Amores,
A morte provoca horrores...
Assisti quando o grande humorista Chico Anysio declarou:
“Não tenho medo de morrer, tenho pena...”.
Para o vivente às vezes não é a questão do temer ou não temer,
A questão é nunca aceitá-la.
Viver é o antagônico do morrer,
Para o vivente não se morre porque se quer,
Quem vive realmente a vida,
Deseja sempre viver.
Para os teístas a morte é a sentença para o vírus do pecado,
E o pecado é tão horrendo quanto a morte.
Para os cristãos a morte é um inimigo a ser executado na glorificação.
Outras teorias aparecem relacionados a morte,
No entanto, sejam quais forem,
Não há como recebê-la de bom grado.
A morte não respeita planos,
Não respeita sonhos,
Não respeita idades,
Não respeita sorrisos,
Não respeita alegria,
Não quer saber da tristeza...
A morte é mordaz,
É intolerante,
É carrasco,
Um tenebroso inimigo da vida.
A morte não respeita credos,
Não respeita classe social,
Entra no castelo ou no casebre.
Independente de quem detém o poder,
Ou de quem está submisso,
A morte ceifa a todos.
Não importa o lugar,
Não importa o momento,
Não importa a data,
Não importa a hora...
A morte é fria,
Sem sentimentos,
Especialista em deixar vazios...
“A vida humana resume-se em três fatos importantes:
Nascer, Viver e Morrer.
Mas o ser humano não se sente ao nascer,
Sofre ao morrer,
E se esquece de viver.” (La Bruyère)
Quando menos espera-se,
A morte sem marcar hora chega amordaçando,
Bagunçando a vida...
A morte,
Literal ou figurada,
É sempre mau amada,
Desfigurada.
Até com Cristo ela quis implicar,
E na sexta-feira a morte matou Jesus,
Mas no domingo Jesus venceu a morte.
“E aos que morreram em Cristo”,
A morte será surpreendida,
Porque assim como Cristo ressuscitou,
Os que foram mortos crendo em Cristo,
Serão por fim ressuscitados.
“E nós os que estivermos vivos seremos arrebatados ao encontro do Senhor nos ares” (Ap. Paulo).


  



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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Divagações sobre o tempo e o ser humano


Gosto de verificar o tempo,
É interessante...
Os dias passam tão rapidamente...
Penso nos degraus que precisamos subir,
Outros que temos que descer,
E ainda outros que precisamos parar neles e deixar que outros passem por nós.
O importante e eticamente correto é jamais empurrar outrem,
Em nome da amoral, fazer de outros batentes para a glória. 
A vida é tão limitada,
E os homens são tão difíceis de entender...
Verifico-os no “poder” e desprovidos deste,
Vejo-os humildes ou presunçosos,
Em ações “maquiavélicas” ou “amenas”,
Vejo-os tão limitados ao seu egocentrismo medíocre...
Será que também não atuo assim?
Vendo os homens de fora,
Minha percepção é de que a ganância e a prepotência é tão mesquinha,
Tão mordaz,
Tão anti-humana...
E se mergulhar dentro de mim? O que acharei?
É tão bonito ser humano e tão vergonhoso ao mesmo tempo...
Continuo verificando o tempo...
Nele há tantas explicações...
Prefiro uma introspecção da minha humanidade,
Uma verificação se há uma ação do divino em mim,
Que me transforme em algo parecido com o exemplo-mor de humanidade: JESUS.







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domingo, 28 de julho de 2013

As Noites Passageiras e Duradouras




Existem noites rápidas, passageiras, nem percebemos quando se vai e de repente o dia nasce... Outras noites são tão longas, tão duradouras que parecem "eternidades". Entre as noites curtas e duradouras quais seriam as mais proveitosas?
As curtas noites apenas o escurecer e o clarear...
As noites duradouras por vezes são tão quietas e por vezes tão barulhentas, 
Barulhos que são gritos da alma,
Um turbilhão de vozes no cognoscível do pensamento,
São ventos frios que produzem recortes de reminiscências,
São dores que atacam no silêncio da alma...
As noites duradouras nos trazem um débil delírio do real,
Entramos em labirintos criados na psiquê,
São alucinações provocadas pelo dia preterido,
É o aoristo que quer viver no presente...
As noites demoradas nos trazem um frio gélido que paralisa o ser,
Mas faz voar a mente,
Tão demente quanto um lunático...
Ah! As noites... Rápidas ou Demoradas...   
As noites duradouras, o escurecer e os detalhes do silêncio, do escuro... e as singularidades de cada noite: a reflexão; a concentração; os "eternos" segundos do tempo... mas, enfim, o raiar maravilhoso do dia, o cântico dos pássaros, e a mudança da cor celeste aos olhos nus de quem está a espera da luz. O frescor da manhã, o cheiro do amanhecer, e os ventos esperançosos de um novo dia.
Sempre queremos a rapidez da noite, mas jamais entenderemos o seu curso se não experimentarmos o duradouro espaço entre o escurecer e o clarear.
O Sol vai raiar e a experiência da escura noite nos fará andar de cabeça erguida em pleno meio dia.










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domingo, 21 de abril de 2013

Assim são as tentações...


São como tiros,
Como canhões que bombardeiam.
São como flechas,
Penetram no corpo, na alma, no espírito...
São como vírus,
Veneno...
 São como armas químicas,
Como drogas...
É uma sensação de perdição,
De alucinação...
São como traças,
Corroem...
São como infecção generalizada,
Mata o ser...
São como escarro,
Catarro,
Impuro...
São como putrefação...
Como aqueles que perdem a visão,
E andam no escuro,
Como sem futuro...
São como psicoses,
Neuroses,
Overdoses...
São flagelos,
Dormentes,
Dementes,
Completamente...
São como lamas...
Um coma...
Passamento infeliz no lodo...
São como cicatrizes...
Deslizes...
Como a fossa,
O fosso da perdição...
São como bactérias,
Corroem,
Deixam febril...
Como depressão...
Estado de exaustão...
Parecem prazerosos,
Seus engôdos...
São atraentes,
Sedutores,
Influentes...
São como sonhos,
Dominam o cognoscível,
Incontroláveis...
São imagens,
Atos e ações,
Que provocam,
Que sufocam,
Que desembocam,
No abismo,
No conflito,
Indeciso,
Da decisão,
Precisão,
Da escolha...
São tentações do tentador,
Que provocam o prazer e a dor,
Nos servos de Deus.
Mas aquele que perseverar até o fim...
Vencerá o impulso da carne,
Com a ajuda do Espírito,
Será fortalecido,
E buscará o abrigo...


 


 

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A Constante Luta do diabo e as vacilações dos filhos de Deus





A constante luta do diabo e as vacilações dos filhos de Deus



Desde o princípio, quando o Criador, por Seu Próprio Propósito decidiu criar o ser humano e criou, o seu arquiinimigo trabalha furioso para desfazer o que Deus fez.
É de todo sabido que quando tudo ELE fez, viu que era bom (Gn 1), no entanto, sabendo o Adversário que tudo era  bom, intentou de alguma forma tornar mau aquilo que o Criador fez.
E Deus fez os mundos (Hb) pelo poder de Sua Palavra, os Céus, a Terra, os seres celestes, os terrestres... E viu que era bom. E como coroa da criação criou o homem a Sua Imagem, conforme Sua semelhança (Gn 1).
Fico imaginando o diabo, vendo que Deus criara o homem de um material insignificante – do pó da terra. E ele, quando anjo de luz, havia sido criado do mais perfeito, de pedras preciosas (Ez 28), com tanta formosura... E agora, devido seu orgulho, havia caído da presença do Altíssimo e não mais podendo adorar a Deus... bate uma inveja infernal em relação ao ser criado do material simplório e ainda assim, com todo o direito de ir a presença de Deus, de ter os cuidados do Eterno. Claro ele precisava fazer algum mal para arrancar o homem da presença do Criador.
No primeiro momento, um plano perfeito, um esquema impossível de ser desfeito, um projeto esquematizado com minúcias tão calculadas que claro, era dado como certo a transformação da criação boa de Deus, numa coisa efêmera, numa coisa vil e desprezível, numa coisa má  - Eu vou vencer – pensa o diabo. É impossível o Altíssimo não se enfurecer com minha esperteza e meu plano malévolo – imagina o príncipe das trevas.
O tentador vai no desejo, tenta e vence o homem. Imagino quantas gargalhadas Satã deu depois da queda do homem. – É impossível ele se levantar, infectei ele (o homem) do pé a cabeça, do corpo ao espírito, sua alma caiu na armadilha. Quero ver a sentença. Se o Altíssimo me derrubou, sendo eu tão belo e perfeito, o que fará com esse barro que sobrou, com esse ser fácil de cair na minha presa.
Fico conjecturando o maldito esperando a atitude do Criador em relação ao homem. – Acho que ele vai fulminar esse verme chamado homem. Talvez ele queime, elimine, de cabo em definitivo da vida desse ser – pensa o arquiinimigo.
Mas ao virar do dia, quando Lúcifer está ansioso para ver o fogo cair do céu para consumir o  homem e sua mulher, ouve então a Voz do Onipotente procurando Adão. Enquanto o Criador procura o homem, o Adversário em sorrisos ansiosos espera a cena se processar como ele havia planejado, no entanto, a Voz encontra o homem, com vergonha, com medo, desesperado, tentando se esconder da Presença do Altíssimo.
– O que houve Adão – indaga o Soberano.
Desesperado o homem busca uma resposta.  – Foi a mulher. A serpente. Enfim, Adão caiu. Com sua queda entra na humanidade o pecado, o vírus infeliz que passa de homem para homem desde então.
Satanás, está nervoso, ele quer ver o fogo cair logo do céu e consumir a criação de Deus, porém, como de antemão O Onisciente já vira o esquema do diabo, já tem formado um Plano para o Resgate, a Redenção, a Reconciliação entre Deus e o homem.
Sabe Satanás, desse ser imperfeito vou levantar o Perfeito que vai esmagar a sua cabeça – é a resposta de Deus.
No entanto o anjo caído não se dar por vencido.
Tentou Caim e esse matou Abel.
Levou os homens a pecarem, a profanarem de tal forma, que Deus castiga a humanidade com água, eliminando toda carne, restando apenas oito almas, Noé, sua esposa, seus três filhos e suas três novas.
Mais uma vez não foi o fim da humanidade, sobraram oito pessoas.
Satanás (que quer dizer Adversário) não perde tempo, ele e seus anjos que com ele caíram (os demônios) continuam tentando, lutando contra a criação. Joga criminalidade, sensualidade, orgias sexuais, muda a normalidade do sexo pela anormalidade, querendo arrancar o tesouro que o homem tem, de sentir a presença de Deus e de O Adorar.
Seu jogo é mordaz, ele se diz ser “um homem de requinte[i]”, seu esquema é malévolo, sua sedução é compenetrada, suas ofertas são sedutoras, prazerosas, enlouquecedoras para o desejo. E é a partir do desejo que ele vem destruindo vidas, casamentos, ministérios... homens são seduzidos pelo poder, pelo status, pela fama, pela glória, pelos prazeres carnais, pelas orgias sexuais, suas fantasias, seus engodos... são irresistíveis, ele é especialista em tresvariar os desejos. O homem infectado pelo pecado termina cedendo ao “homem de requinte”. Vacilando o homem, termina por afastar-se de Deus, afastando-se de Deus na imperfeição do pecado, termina escravo dos desejos.
Escravo dos desejos, o maldito começa a acusá-lo (diabo quer dizer acusador) diante de Deus, provocando o Altíssimo, esperando que o Eterno por fim entregue o homem ao inferno, ao abismo... 
Mas há esperança para o homem (Cl 1.27).
Como é possível, “O Perfeito habitando no imperfeito”, “O Incorruptível habitando no corruptível[ii]”? É a graça de Deus manifestada.
É verdade que homens santos de Deus caíram aos pés do desejo, da lascívia, do vício, do adultério, da prostituição, da mentira... Na constante luta do diabo em fazer os servos de Deus vacilarem, ele tem sido vitorioso, ele tem visto muitos caírem nas suas armadilhas, nos seus projetos, nos seus esquemas, no entanto, não imagina que O Deus da Graça, faz Superabundar a Graça onde o pecado abundou, habita no imperfeito e aperfeiçoa e produz Glória e Honra ao Seu Próprio Nome na vida do barro que sobrou.
O homem não é apenas criatura de Deus, mas é servo de Deus. E isso não é tudo, o Deus da criação através de Seu Filho Jesus tornou a criatura participante de Sua Glória, e deu-lhe o Poder de ser feito filho de Deus.
Portanto, as vacilações do ser humano, parte de sua humanidade, deixa o diabo sorrindo quando o homem cai, mas a Graça Superabundante de Deus torna-nos mais do que filho (I Jo), aos que amam a Sua Verdade e nELE (Jesus) por ELE e para ELE  venceremos as tentações e o tentador. 
   
    





[i] Confira a música Sympathy for Devil (Simpatia com o Diabo)
[ii] http://vencidospelagraca.blogspot.com.br/
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